MISSÃO BRASIL: conheça o novo projeto do Terraço Econômico

Podcast especial sobre o projeto Missão Brasil, com os editores do Terraço Econômico Lucas Goldstein, Caio Augusto e Victor Candido.

Lançada em um capítulo decisivo da história brasileira, MISSÃO BRASIL é uma minissérie de 8 capítulos produzida pelo Terraço Econômico em parceria com o Infomoney.

Nela são entrevistados alguns dos principais nomes da economia brasileira que mostram, por A mais B, o caminho para o Brasil se tornar um país justo e desenvolvido.

Trata-se de um projeto temático, dividido com os maiores anseios da população – como saúde, educação e infraestrutura – como do mercado – como produtividade e mercado de capitais. Aprenda o que é necessário e torne-se mais consciente do nosso papel (e poder) como cidadão nos próximas eleições.

A política brasileira não muda – nem seus debates

No dia 09/08 ocorreu na Band o primeiro debate presidencial para as eleições deste ano. Apesar de ter contado com caras novas – algumas nem tanto -, esse debate foi bem parecido com os que foram realizados em eleições anteriores. É como um almoço de domingo em família: passam-se os anos e a macarronada talvez ganhe um pouco mais de parmesão com o tempo e o tiozão das piadas acrescenta uma ou outra piada nova em seu repertório. Mas, na média, esses almoços são sempre iguais.

Em um debate, guardadas as devidas proporções da comparação, não temos tantas diferenças de um almoço dominical. Sempre tem aquele candidato que se enrola com o próprio discurso, o que desvia de maneira quilométrica das perguntas, e claro, não podemos esquecer do candidato responsável pelo stand-up comedy.

É preciso mudar as regras dos debates

Talvez a palavra mais repetida nas propostas eleitorais seja “mudança”. “Precisamos mudar!”, “Eu represento a mudança!”, entre outras frases parecidas, que já viraram clichês. Apesar desse apelo, é complicado acreditar, visto que até a forma pela qual os candidatos debatem, parece não ter mudado muito com o tempo.

Grande exemplo disso, são as próprias regras que definem os debates de rádio e televisão, como a de candidatos que estão fora dos debates televisivos. Devido a ausência de congressistas representando a sua sigla partidária, mesmo candidatos com certa expressão em outros meios acabam ficando de fora.


Já conhece o novo Curso de Macroeconomia do Terraço? Clique aqui!


Apesar da última reforma política ter flexibilizando as regras de participação, ainda se faz necessário que o partido do presidenciável tenha ao menos cinco congressistas para que ele esteja presente. Tal medida pode ser considerada como um avanço – antes era necessário no mínimo nove deputados – e acabou ajudando partidos menores, com pouca representação no Congresso, como a Rede e o PSOL.

Mas esse avanço é limitado, dado que ainda impede a participação de candidatos provenientes de partidos novos que, por estarem estreando, não possuem representação no Congresso. É o caso de João Amoêdo, candidato à presidência pelo partido Novo.

Apesar de ter muitos seguidores nas redes sociais e de sempre aparecer pontuando nas principais pesquisas eleitorais, Amoêdo não participou dos debates da Band e da Rede TV. O motivo apresentado é o de que ele não obedece a lei pós-reforma.

Tal medida restringe a participação de novos candidatos, algo paradoxal em tempos onde se clama por profundas mudanças na forma de se fazer política.

Menos restrições e mais participação popular

Um bom argumento para restringir o número de candidatos, é que muitos candidatos acabariam deixando os debates fracos e sem conteúdo. O grande problema é que mesmo com as restrições, os debates no geral continuam sendo de um nível baixo em termos de apresentação de propostas e conteúdos.

Para contornar essa situação, evitando a superlotação nos debates, uma ideia seria ao mesmo tempo permitir a participação de novos candidatos através de uma consulta popular realizada pelas próprias emissoras, de modo escolhido por elas com foco nessa intenção, algo como “Quais candidatos você gostaria de ver em nosso debate?”.

Uma abertura como essa faria sentido por um motivo prático: provavelmente nem assim João Amoêdo participasse, mas, certamente, um candidato de zero apelo popular antes da participação inicial em debates como Cabo Daciolo, certamente estariam de fora. Pelas regras atuais, entretanto, é justamente o oposto que acontece: Daciolo tem presença confirmada e Amoêdo, mesmo com a presença que o mesmo tem em redes sociais.


Agora o Terraço tem Whatsapp! Clique no link e se inscreva: https://bit.ly/2PfZcoT


Em um país como o nosso, passar pela televisão faz muita diferença para quem participa de uma eleição – mesmo que esse diferencial pareça estar migrando para as redes sociais, a importância da TV ainda é notável. Um exemplo rápido: você provavelmente teria mais chances de conhecer ou ao menos ter ouvido falar de João Amoêdo do que de Cabo Daciolo antes do debate da Band, ao passo que, logo após ele, passou a saber de quem era o segundo; a presença na televisão importa bastante nas eleições brasileiras.

As ondas da mudança no mar das redes sociais

Mesmo com todas as suas imperfeições –  como o fake news -, as redes sociais, se bem utilizadas, constituem em um mar de oportunidades para melhorar o debate político e permitir que candidatos “fora do páreo” possam se fazer presentes.

Como a criação do abaixo-assinado online, para que Amoêdo possa participar dos debates. O abaixo-assinado já conta com mais de 500 mil assinaturas, o que demonstra que o apoio do candidato e o anseio de que este esteja presente em debates são dois fatores que não devem ser desconsiderados. Assim como o seu direito de também ter espaço para debater as suas ideias no mesmo patamar dos seus adversários, uma vez que o apoio recebido pelos apoiadores independe das coligações políticas que ele está envolvido – depende apenas da proximidade com as ideias ou vontade de conhecer o candidato, o que é bem diferente do cenário na TV, em que os candidatos que mais aparecem ficam mais em evidência apenas em função de terem feito maiores coligações.

Iniciativa semelhante foi feita na eleição para a prefeitura do Rio de Janeiro de 2016. O candidato à prefeitura pelo PSOL, Marcelo Freixo, não podia participar dos debates no primeiro turno. Como alternativa, o candidato começou a fazer lives no momento dos debates. Apesar de não ter vencido a eleição, Freixo que até então era considerado um candidato nanico, chegou a ir para o segundo turno.

Esses são alguns exemplos, de uma nova onda, que tende a modernizar – quase que de maneira compulsória – a forma dos debates. De dar espaço a candidatos, não pelo tamanho da sua bancada, mas pelo impacto das suas ideias.

Essa maior democratização poderia contribuir de maneira positiva com uma renovação de cenários e abertura para novas ideias, do que o sistema atual que, convenhamos, parece ter sido desenhado de modo a não permitir tantas atualizações assim.

Caio Augusto
Editor do Terraço Econômico

Lucas Adriano
Editor do Terraço Econômico

 

Publicações deste artigo, que foi escrito em agosto de 2018:

– Terraço Econômico (30/08/2018): http://terracoeconomico.com.br/a-politica-brasileira-nao-muda-nem-seus-debates

– Investing.com Brasil (30/08/2018): https://br.investing.com/analysis/a-politica-brasileira-nao-muda–nem-seus-debates-200222615?preview_fp_admin_1234=this_is_1234

DACIOLO 1%, só faltam 99! Terraço em Quinze Minutos #42

Neste episódio, Lucas Goldstein, Arthur Solow, Caio Augusto e Renata Kotscho Velloso debatem sobre os seguintes temas:

1) Eleições 2018: primeiras pesquisas com candidatos oficiais
2) Chapa Lula-Haddad: como seria a transferência de votos?
3) Reação do mercado: dólar explode, chegando a R$4
4) Ex-advogado de Trump declara-se culpado por interferência nas eleições

Evento – VII Semana Acadêmica de Economia (UDESC/ESAG, Florianópolis-SC)

Semana Acadêmica de Economia da Udesc começa nesta segunda em Florianópolis

 

Semana Acadêmica de Economia - Foto por: Ana Prieto/Ascom Udesc Esag
Semana terá programação com palestras e minicursos
Foto: Ana Prieto/Ascom Udesc Esag

A 7ª Semana Acadêmica de Economia da Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc) começa nesta segunda-feira, 13, Dia do Economista. Voltada aos estudantes do curso de graduação em Ciências Econômicas da Udesc, a programação prevê palestras e minicursos, no Centro de Ciências da Administração e Socioeconômicas (Esag), em Florianópolis.

A Semana Acadêmica é promovida pelo Departamento de Ciências Econômicas da Udesc Esag, em parceria como o Centro Acadêmico de Economia (CAdE) – representação estudantil dos estudantes do curso de graduação.

Programação

A palestra de abertura começa às 10h20 de segunda-feira, 13, no auditório da Udesc Esag, com o tema “Conjuntura Macroeconômica Brasileira – Por que somos um país pobre e nossos desafios para o futuro”. Os palestrantes são os economistas Leonardo de Siqueira Lima e Caio Augusto de Oliveira, do Terraço Econômico, um dos maiores sites independentes de economia e política do país.

Ainda na segunda-feira, a programação prevê uma mesa de egressos, em que economistas formados pelo curso de graduação da Udesc relatam suas experiências profissionais aos atuais alunos. A mesa terá os economistas Arthur Lawrence, Eduarda Korzenowski e Thiago Pinotti.

Na terça-feira, às 10h20, os alunos terão uma palestra com  Gustavo Grisa, um dos especialistas do Instituto Millenium. Na sexta-feira, das 8h20 às 11h50, os estudantes assistirão “Real – O plano por trás da história”, com a presença de Ricardo Rihan, produtor do filme.

Minicursos

Para participar dos minicursos, previstos na programação de terça a sexta-feira, os estudantes precisam se inscrever previamente. As inscrições devem ser feitas por meio de formulário on-line, disponíveis nos links abaixo:

Aplicação em R: a regra de Taylor para o Brasil
Profa. Dra. Marianne Stampe
Terça-feira, 14, 18h15-20h
Inscreva-se aqui

Introdução à Linguagem Python
Profa. Dra. Analucia Vieira Fantin
Quarta-feira, 15, 18h30-20h
Inscreva-se aqui

Introdução ao LaTex
Prof. Dr. Marcos Vinicio Wink Júnior
Quinta-feira, 16, 18h30-20h30
Inscreva-se aqui

Introdução ao Stata
Isadora Mazuco (monitora de Econometria)
Sexta-feira, 17, 18h30-20h
Inscreva-se aqui

Mais informações podem ser obtidas com o Departamento de Ciências Econômicas da Udesc Esag, pelo telefone (48) 3664-8260.

Assessoria de Comunicação da Udesc Esag
Jornalista Carlito Costa
E-mail: comunicacao.esag@udesc.br
Telefone: (48) 3664-8281

 

Evento ocorreu em 13/08, em que nosso autor esteve presente com Leonardo De Siqueira Lima – Notícia no site da UDESC

Link do evento no Facebook

 

Teto de Gastos: Péssimas Prioridades e a Hipocrisia Orçamentária

No mês de agosto de 2017, este que agora escreve colocou em pauta uma questão importante a respeito da Emenda Constitucional do Teto de Gastos, aprovada pouco tempo antes e cujos efeitos começariam a ser sentidos em breve. Eis a questão: a sociedade brasileira, diante deste limite geral aos gastos públicos (notável: o limite é para o orçamento geral, não para áreas específicas), deveria se conscientizar que a ampliação de benefícios aos que já os concentram necessariamente implicaria na redução de recursos para outras áreas. Ou, mais diretamente: ampliar algum benefício concentrado é tirar recurso de outra área.

Agosto de 2018, um ano após aquele artigo, já podemos nos deparar com polêmicas e palpáveis questões a respeito da alocação de recursos no país. Peço desculpas pelo eventual efeito repetitivo, mas é mesmo importante que o leitor tenha isso em mente: o Teto de Gastos se coloca sobre o orçamento todo, não em relação a áreas específicas – então, se você leu em algum lugar que “educação e saúde agora têm limite”, saiba que teve contato com o supra sumo das fake news, porque não é isso que se trata o limite de gastos.


Já conhece o Curso de Microeconomia do Terraço? Clique aqui!


Uma questão bastante polêmica que surgiu nos últimos dias é sobre as bolsas de pesquisa da CAPES. Anunciou-se que, com os recursos direcionados para esta área, já em 2019 muitas bolsas poderiam não ser pagas – o que depois foi desmentido pelo Ministério da Educação. Possibilidade real ou não, isso acontece por um motivo que vai além da existência de um limite para os gastos gerais: se o recurso é limitado, ao aumentar de uma área necessariamente veremos as outras serem diminuídas.

Afinal de contas, que tipo de área drenou mais recursos ao ponto de reduzir investimentos que poderiam ser destinados a outras áreas? Uma delas vai começar a dar as caras nas próximas semanas, com o início das campanhas eleitorais: o fundo público para campanhas – esta que faz do Brasil o melhor país do mundo caso você seja ou queira ser um político. Outra é o conjunto de reajustes que têm ocorrido em todo o país sobre o salário dos servidores públicos, especificamente os do judiciário. Ah, e é claro, quase ia me esquecendo: tem também o subsídio aos caminhoneiros, após sua greve que, convenhamos, teve como reais resultados uma piora nas condições da própria classe e a redução da confiança na retomada econômica brasileira neste ano.

A emenda do Teto de Gastos coloca que o orçamento como um todo não pode ser aumentado além da inflação do ano anterior durante 20 anos, sendo que no décimo ano será discutida a possibilidade de que essa regra seja flexibilizada pelos outros dez anos, até que se encerre o período total. Estamos ainda no segundo ano de vigência e já observamos como existe uma enorme hipocrisia em relação a prioridades orçamentárias em nosso país.

Por falar nessa hipocrisia, relembremos Cristovam Buarque, ao final de 2016 falando deste tema. Parafraseando-o livremente: com o Teto de Gastos, acabou essa de dizer que qualquer coisa é prioridade no Brasil, porque elencar algo como prioridade é necessariamente dizer que os outros entrarão em seguida, mas não com a mesma importância daquilo que se afirma ser a prioridade. Pois é, senador, a verdade é complicada: em nome de um suposto conjunto de prioridades, setores que já estão acostumados ao privilégio de recursos, bradarão a todos que não podem perder tais privilégios – ao passo que, simultaneamente, reclamarão quando outros setores importantes perderem recursos.


Agora o Terraço tem Whatsapp! Adicione o número +5511976890552 na agenda do seu celular e mande uma mensagem pra gente te achar.


Direto ao ponto: não adianta ser a favor da defesa de subsídios ao setor de transportes e se incomodar de pagar mais caro na gasolina depois disso; não adianta ser favorável a reajustes no judiciário e depois vir reclamar que falta recurso para outras áreas dentro da segurança pública; não adianta também indicar que é impossível imaginar que quem possa pagar pelo ensino superior público pague e em seguida reclamar quando a queda de arrecadação dos impostos que sustentam estas estruturas faz com que estas ofereçam menos aos que delas usufruem.

Já é assunto corrente, inclusive entre as equipes econômicas dos presidenciáveis em campanha, que o Teto de Gastos talvez não tenha sido boa ideia. É importante lembrar que o orçamento ter limite é uma obviedade que independe de lei: temos que lutar contra os incontáveis casos brasileiros em que as prioridades são invertidas e não sobra recurso para o que nos faria realmente avançar, não perder tempo culpando a aproximação dos limites orçamentários como sendo a maior vilã do orçamento público em si.

Lembre-se que sempre atrás de boas intenções que envolvem gastos públicos estão alguns poucos beneficiados que concentram recursos. Ignorar isso é observar a continuidade da concentração de recursos com os que sempre os tiveram e a cada vez menor atenção aos que poderiam (e mais necessitam) tê-los.

Em suma: a culpa não é do Teto de Gastos, que é uma obviedade, mas do péssimo conjunto de prioridades brasileiras.

Caio Augusto – Equipe Terraço Econômico

 

Publicações deste artigo, que foi escrito em agosto de 2018:

– Terraço Econômico (08/08/2018): http://terracoeconomico.com.br/teto-de-gastos-pessimas-prioridades-e-a-hipocrisia-orcamentaria

– Investing.com Brasil (08/08/2018): https://br.investing.com/analysis/teto-de-gastos-pessimas-prioridades-e-a-hipocrisia-orcamentaria-200222213?preview_fp_admin_1234=this_is_1234

 

PETROBRAS: QUEBRAR OU ARRUMAR PARA VENDER?

Mesmo após a greve dos caminhoneiros e o acordo do governo com os mesmos, a Petrobras ainda continua com a política de preços com reajustes diários. E não é do diesel, afinal de contas esse era um ponto do acordo com os grevistas, mas sim da gasolina. O que está por trás disso? Uma quebra proposital da empresa ou simples arrumação para vender?

Com a greve finalizada, ficou acertado que o governo, apesar de afirmar não influir na política “independente” de preços da Petrobras, garantiu o congelamento do preço do diesel por 60 dias. Este período acabou no início de agosto, mas já se transformou em “até 31 de dezembro”. Em outras palavras: pelo menos de lidar com este problema em específico Temer escapou, o abacaxi ficou com quem sentar na cadeira presidencial em janeiro de 2019.

Com a chegada de Pedro Parente, a empresa começou a reavaliar projetos não tão produtivos e a vender ativos não estratégicos. Alguns mais exaltados, diante disso, decidiram apontar que em breve poderíamos observar “danos do golpe a essa empresa do povo”. Parente acabou saindo logo após o fim da greve dos caminhoneiros, dada a pressão enfrentada, mas saiu deixando a empresa com um valor de mercado cinco vezes maior. O que não saiu de cena foi a teoria de que a Petrobras estaria em vistas de ser vendida, o que mudava agora era o foco de “já que está quebrada” para “agora que está valorizada”.

Na semana passada, quando da divulgação do resultado do segundo trimestre de 2018, a Petrobras mostrou seu maior lucro trimestral desde 2011: R$10,07 bilhões, além do fato da empresa pagar dividendos pela primeira vez também desde 2011. Com isso, reverte o complicado ciclo de anos de prejuízos e quem sabe abre as portas a um novo momento para a tão achacada empresa.

Parente não está mais na empresa, mas seu trabalho fez com que a empresa mudasse a opinião de muitos analistas sobre suas reais capacidades de crescer no longo prazo. Ainda há uma grande dívida corporativa, mas a atenção maior para projetos que possam ser mais eficientes e a redução de recursos a outros que, como provam algumas investigações em curso, eram orientados pela ‘propinocracia’ ou mesmo por ideologia dos ‘países amigos’, permitiram que a empresa pudesse melhorar muito seu valor. Os lucros e a valorização de mercado são a demonstração prática disso.

A GASOLINA

O preço do diesel segue congelado até o final de 2018, mas a gasolina segue sendo reajustada conforme a política diária. Você que abastece com gasolina está ajudando a pagar o subsídio ao caminhoneiro – e ao detentor de carros de passeio a diesel. Em outras palavras: a situação da empresa está melhor agora que ela se atenta ao que é mais eficiente para si mesma (e não a projetos de poder do governo anterior).

Fica o questionamento para a turma da sempre presente ‘conspiração do malvado capital estrangeiro que quer acabar com o Brasil’: vem por aí uma onda de sucateamento da Petrobras para que o tio Sam compre barato, ou essa valorização toda que observamos vai continuar porque este mesmo tio Sam é um trouxa que adora pagar caro quando quer demonstrar seu imperialismo galopante?

Enquanto alguns se perdem nas teorias, a Petrobras segue em seu esforço – por ora, reconheçamos, muito bem-sucedido – em recuperar-se da hecatombe que a fez rumar ao abismo poucos anos atrás.

Lembremo-nos da frase atribuída a John D. Rockefeller: O melhor negócio do mundo é uma empresa de petróleo bem administrada. O segundo melhor é uma empresa de petróleo mal administrada.”

 

Publicações deste artigo, que foi escrito em agosto de 2018:

– Blog da Guide Investimentos (06/08/2018): https://blog.guideinvestimentos.com.br/textos/petrobras-quebrar-ou-arrumar-para-vender/