CAGED: podia ser pior, muito pior

Os dados mais recentes a respeito do desemprego no país foram divulgados. Dados do CAGED, o cadastro que mostra a diferença entre admissões e demissões – e o saldo novo de desempregados – mostrou uma baixa de 860 mil empregos neste mês de abril de 2020.

O resultado, como pode observado na série histórica apresentada abaixo, é o pior para este mês desde 1992:

Resultados de empregos formais em abril

Péssima notícia? Tudo dentro do esperado? Ou podia ser pior? Neste mesmo mês de abril tivemos 20 milhões de demissões nos Estados Unidos. É preciso fazer uma importante ressalva nessa comparação: a rigidez do mercado de trabalho (dificuldade para contratar e demitir) é muito menor nos EUA, o que significa que movimentações para cima e para baixo no desemprego tendem a ser observadas mais por lá.

Números absolutos talvez não explicitem exatamente a situação, mas há um aspecto que ajuda a entender como esse número do desemprego em abril no Brasil poderia ter sido substancialmente pior.

Os programas até então apresentados pela equipe econômica do governo com o objetivo de suavizar a situação das empresas neste momento de forte crise, têm sofrido duras críticas por, dentre outros motivos, não estarem chegando de verdade onde precisam chegar. Segundo o Sebrae, linhas de crédito especiais para esse período só têm sido acessadas por 14% das empresas, sendo que grande parte delas simplesmente teve recursos negados.

Porém, existem dois programas que têm cumprido seu papel de maneira a aliviar este período. O primeiro é a linha de financiamento do BNDES que paga diretamente o salário (até dois salários mínimos por funcionário) por dois meses e tem como regra que, caso o CNPJ se utilize dele, não seja possível rescindir contratos até 60 dias após o último dia que utilizar o recurso. O segundo é programa emergencial que permite redução de carga-horária e salários – o que tem certa compensação por parte do governo – para que não seja preciso demitir.

Antes de chegarmos no encaminhamento do que esses programas significam em termos práticos, três ressalvas precisam ser feitas. A primeira é que a linha de financiamento do BNDES tem chegado a muito menos empresas do que poderia, porque leva em consideração que os funcionários têm todos conta salário no mesmo banco  (o que significa que, se os funcionários tiverem contas em bancos diferentes ou se eventualmente são pagos em dinheiro ou cheque, o recurso não fica disponível para uso). A segunda é que esse programa emergencial mantém os empregos apesar de que, por essa diminuição de salários, acabe também reduzindo a massa salarial total da economia no fim das contas. A terceira é que são programas apenas disponíveis para quem está no sistema regular de trabalho, portanto não atingem aos informais.

Ressalvas feitas, sem sombra de dúvidas esses programas são os mais eficientes no que se propõem a fazer. O objetivo de ambos é, na prática, a manutenção de empregos nesse período de turbulência. Não existem dados publicamente disponíveis sobre o de financiamento de folha pelo BNDES, mas o que permite redução de jornada e salários apresenta um contador em seu site que, no momento em que esse artigo é escrito, se aproxima de oito milhões e duzentos mil empregos mantidos por via dele.

Ainda que por efeito da rigidez do mercado de trabalho e da considerável informalidade, é interessante notar que alguns milhões de empregos estão, por enquanto, sendo poupados de virarem estatística negativa no CAGED. Quantos empregos não sabemos, são diversos fatores a serem considerados, mas certamente são alguns milhões deles – ao menos pela duração em que esses programas tiverem e, torcemos todos, que sejam suficientes para superarmos esse período caótico.

Precisamos seguir atentos a continuidade desses programas para verificar se eles serão suficientes para o período em que atravessamos – e, na prática, até então não se sabe qual será a extensão desse período, a depender de como funcionará nossa entrada em um novo normal. Mas, de fato, enquanto há uma infinidade de outros programas que muito anunciam e pouco fazem de efeito prático, é mister apontar que esses dois em específico fazem trabalho notável neste momento.

Cada emprego mantido, ainda que sob eventual redução do montante pago ao funcionário, é um alento a mais para a economia neste período complexo em que vivemos. Quando menos a massa salarial da economia for prejudicada, menores serão os efeitos de diminuição da renda após essa mudança toda ocorrer.

Isso está longe de significar, contudo, como Paulo Guedes tem dito que “vamos surpreender o mundo” com nossa recuperação, mas, novamente, é preciso reconhecer que esses dois programas cumprem com maestria seu objetivo pretendido – e, num período como o que vivemos agora, a diferença entre países que verão o desemprego caminhar para cima aos milhões contra os que o fizerem de maneira mais suave será considerável.

 

Publicado no blog da Guide Investimentos em 29/05/2020

LUCRO DO BC NO TESOURO no TerraçoCast #172

Nesta edição, Caio Augusto acompanha Pedro Lula Mota, Renata Velloso e Rachel de Sá sobre os seguintes assuntos:

– Pedro, para além do polêmico vídeo da sexta passada, que efeitos essa instabilidade toda coloca nos mercados brasileiros em relação ao resto do mundo?

– Renata, atualize nossos queridos ouvintes a respeito das novidades sobre o coronavírus (o já consagrado CoronaNews);

– Rachel, é verdade que o lucro em operações cambiais do Banco Central pode acabar ajudando o caixa do Tesouro Nacional nesse ano?

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Moeda e seus riscos: como isso afeta seus investimentos

Em um ano como 2020 a pergunta “o que não perdeu valor?” parece ser tão complicada de responder que, possivelmente, a resposta seja “o dinheiro que deixei parado no banco”. Neste artigo de hoje, em parceria com a Hurst Capital, você vai descobrir que, na verdade, esse dinheiro também perdeu valor.

Comecemos com uma indagação um pouco filosófica: o que faz o dinheiro ter valor? Até a década de 1970, o que fazia com que o dinheiro tivesse valor era sua garantia em reservas de ouro que um país tinha. Na prática, o famoso padrão ouro significava que a emissão de moeda de um país teria um certo lastro e não poderia se expandir para além disso.

Hoje, todas as moedas emitidas por entidades centralizadas estão sujeitas puramente a uma confiança de que exista valor transacional por parte delas, mas não há valor intrínseco ou que possa ser lastreado em algum metal, por exemplo. Pelo lado negativo, a expansão da moeda agora não tem um porto seguro facilmente utilizável para se guiar. Pelo lado positivo, há uma possibilidade mais ampla de, por meio de expansão ou retração monetária, fazer política econômica que reaja a mudanças na economia.

Os Bancos Centrais, assim, ficaram muito mais poderosos.

Essa movimentação no volume disponível de moeda – e, consequentemente, nos níveis de preços disponíveis – é realizada pelos Bancos Centrais da seguinte maneira: quando da ocasião de um choque econômico que reduza a liquidez da economia (como vimos em 2008 e como estamos observando na atual crise do coronavírus), são injetados recursos para que o sistema não venha a colapsar, o que se convencionou chamar de Quantitative Easing (ou QE); em “tempos de paz”, esses recursos vão sendo pouco a pouco retirados da economia para que as transações voltem a ocorrer sem que essa necessidade se faça presente.

Um aspecto que não pode ser esquecido no meio do caminho é que essa expansão monetária, em algum momento do tempo, irá fazer seus efeitos sobre a economia real desvalorizando o preço dos ativos em termos reais – ou seja, a clássica inflação vem cobrar a conta desse esticar de liquidez.

Em teoria, essa movimentação é bastante prática e direta. Mas, na prática, desde 2008 vivemos em um mundo que não dá mais coordenadas tão claras e objetivas sobre isso. No período compreendido entre 2008 e meados de 2017, taxas de juros em boa parte do mundo desenvolvido (EUA, Europa e Japão) estavam nas proximidades de zero como maneira de estimular a liquidez na economia. Entre 2017 e 2019, ao menos nos EUA, uma reversão deste cenário começou: a taxa de juros viu pequenos aumentos e, assim, parte da enorme liquidez colocada na economia começava a ser retirada dela. Porém, com uma desaceleração que já vinha sendo sinalizada no mundo desenvolvido desde o terceiro trimestre de 2019, somada ao impacto que o coronavírus nos trouxe, voltamos a ver no mundo todo um incentivo a essa injeção maior de liquidez.

Não é preciso entrar em todo o ferramental técnico-econômico para explicar o que ocorre na atual circunstância. Os balanços dos Bancos Centrais, que já estavam em tamanho elevado pela liquidez que injetaram na economia, tiveram um pequeno alívio nos últimos três anos mas já voltaram a acumular novas extensões – dessa vez, inclusive os dos países em desenvolvimento.

Levando em consideração que estamos há um período não desprezível de tempo esticando o tamanho dos Bancos Centrais, voltemos a pergunta do início deste artigo: o que faz o dinheiro ter valor real?

As teorias sobre o dinheiro

Existe uma teoria econômica chamada Modern Monetary Theory (ou simplesmente MMT) que tenta entender esse fenômeno ocorrido há mais de uma década, que permite até então aumentarem os balanços dos Bancos Centrais de maneira considerável sem que o efeito inflacionário venha se fazer presente. Dentre outros pontos que essa teoria busca compreender, um tem causado certa polêmica na discussão econômica: em certas condições, não haveria problema de se aumentar indefinidamente os balanços dos Bancos Centrais e nem a dívida, porque o efeito inflacionário não causaria mais danos.

O valor real que o dinheiro tem é colocado cada vez mais a prova em momentos como o atual. Bancos Centrais de todo o mundo, ao garantir liquidez suficiente para a economia se manter de pé, expandem seus balanços fazendo-nos questionar: em que momento a inflação virá fazer uma grande correção sobre tudo isso? Ou, caso isso não aconteça, no que se tem real valor então?

Após toda essa reflexão o leitor provavelmente já entendeu que, de fato, a pergunta “o que não perdeu valor em 2020?” não tem como resposta adequada “o dinheiro que ficou parado”, porque mesmo que ainda não existam grandes efeitos inflacionários advindos da enorme expansão monetária que tem ocorrido desde 2008 (com destaque para o entorno daquele ano e também para as fortes movimentações de 2020), essa expansão imensa nos meios de pagamento ao redor do mundo não se dá efetivamente sem custos.

Enquanto se aguarda a chegada inflacionária – ou mesmo um novo momento econômico em que esse custo inexista de verdade -, é importante ressaltar que os ganhos reais em investimentos estão justamente nos ativos reaisPrecatórios, por exemplo, são lastreados com base na receita real auferida pelo Estado em um determinado período de tempo. São diferentes de tantos outros ativos ao redor do mundo hoje (como as ações) que podem estar adquirindo valor apenas em virtude do aumento da liquidez na economia e não necessariamente por maior valor atribuído.

Recentemente uma capa da The Economist colocou em questionamento justamente este descolamento entre os ativos financeiros em Wall Street e a economia real. Os primeiros, que em março viram uma queda vertiginosa, observaram em abril (e seguem observando agora) ganhos que parecem não ter relação alguma com a economia real, esta que observa perdas e números negativos tão notáveis quanto os vinte milhões de norte-americanos que perderam seus empregos apenas no quarto mês do ano.

Melhor do que aguardar os efeitos práticos de uma desvalorização imensa advinda da moeda é considerar o investimento em ativos reais.

Pense nisso quando for fazer novos investimentos.

 

Publicado no Terraço Econômico em 28/05/2020

O vídeo saiu, e agora?

Em mais um evento de sexta-feira – essas que, em Terra Brasilis, andam tão emocionantes quando o assunto é a política -, tivemos a divulgação na íntegra de um vídeo revelador.

Para quem não acompanhou, um pequeno resumo dos fatos: Sergio Moro anunciou em 24 de abril (uma sexta-feira) sua decisão de sair do Ministério da Justiça e Segurança Pública após saber da decisão de que o diretor da Polícia Federal seria trocado por Jair Bolsonaro e, dentre outros motivos, o fez porque afirmou discordar das intenções do presidente em interferir no órgão. Uma das provas dessa interferência seria o vídeo de uma reunião ministerial ocorrida dois dias antes, além de mensagens trocadas entre os dois.

Após toda uma saga que envolveu um longo depoimento (quase oito horas) de Sergio Moro na Polícia Federal em Curitiba para apresentar suas provas, todas as atenções se voltaram para o juiz do STF que estava com a decisão de levantar ou não o sigilo do tal vídeo. Celso de Mello o fez na última sexta-feira.

Uma semana toda de tensões antecedeu o momento em que tivemos a suspensão do sigilo e a seguinte publicização do mesmo. Bolsonaro apareceu algumas vezes dando a entender que queria que o vídeo fosse inteiramente apresentado, outras dizendo que isso não poderia ser feito. A defesa de Moro insistia que o vídeo deveria ser todo colocado para a sociedade. Então chegamos às proximidades do horário limite de divulgação (17h da última sexta-feira).

O que tinha no tal vídeo?

O país assistiu a uma reunião ministerial com nível elevado de tensão, em que o presidente cobrava de seus subordinados que fizessem uma defesa pública dos pilares de seu governo e também de sua figura quando essa fosse arranhada de alguma forma. Diversos palavrões foram ditos também, mas isso era o de menos.

Alguns dos itens apontados por Sergio Moro se fizeram presentes, mas, no todo, o saldo parece apontar para uma vitória política de Jair Bolsonaro. Essa vitória política ocorre porque, no fim das contas, os discursos de que o povo estaria sob uma “quase ditadura” dos governadores e prefeitos, acaba por assinalar a visão que muitas pessoas no país têm de que muitas atividades econômicas estão paradas não pelo efeito da pandemia, mas porque esses chefes de poderes executivos subnacionais ordenaram o fechamento de tudo – ao contrário do que o presidente preconiza.

Uma reunião com ares de “grava aí que depois vamos utilizar isso”, cheia de frases feitas e direcionamentos que indicam uma preocupação elevada do presidente com seu povo e como este estaria sofrendo com a situação. No caso, a situação que causaria o sofrimento seria a da economia parada, dado que apenas em duas situações isoladas de todo o evento o coronavírus foi citado, pelo ex-ministro Nelson Teich.

O que não tinha no vídeo?

Por mais que no momento em que a reunião tenha ocorrido um número alarmante de casos e crescente de mortos já se verificava no país, não se verifica nesta extensa reunião uma discussão mais ampla do que deveria ser feito em termos de protocolos de saúde ou de qualquer natureza para que a situação pudesse ser encaminhada rumo a um novo normal.

Aparentemente não é um erro de análise indicar que em nosso país o último assunto da pauta seja justamente o que está sendo mais discutido ao redor do mundo.

Quando a crise chega, não há espaço para conversa fiada

Conversa fiada, para o leitor que eventualmente não saiba, é aquela cujo objetivo é justamente se esvair de si mesma, chegando a lugar nenhum. Sem medo de arriscar, boa parte da condução do poder público com a pandemia do Covid-19 por aqui envolve encontrar culpados mais do que resolver os problemas.

No curto prazo de algumas semanas isso poderá fazer sentido. Atualmente, após esse vídeo, a impressão de que o presidente do país nada tem a ver com o que se passa e, na verdade, só queria ajudar o povo, provavelmente prevalecerá. As culpas sobre o aumento nas mortes e a crise econômica cairão sobre o colo de prefeitos e governadores. O discurso está pronto.

Porém, nos próximos meses duas coisas notáveis devem ocorrer.

A primeira é que a arrecadação de impostos cairá vertiginosamente – o que já acontece agora, já que a arrecadação federal de abril foi a menor desde 2006. Contra isso não haverá remédio: serviços públicos começarão a não ter mais capacidade e algo que nunca havia acontecido em termos gerais no país passará a acontecer: acabará o dinheiro para pagar até salários do funcionalismo.

A segunda: com a reabertura de tudo devemos observar uma queda na demanda advinda de um receio das pessoas de voltarem “ao normal” ou mesmo de uma volta abrupta a tudo que se conhecia antes seguida de um aumento elevado no número de casos e mortes seguida de um isolamento voluntário, independente de direcionamentos de governadores e prefeitos. Somente neste momento observar-se-á que a redução da atividade econômica se deu na verdade pelo coronavírus, não por ordem de quem quer que seja de fechamento de atividades que envolvam aglomeração.

No momento em que esse duplo impacto atingir o país a estratégia de passar a culpa no lugar de procurar como solucionar o problema poderá seguir na mesa. Mas com uma diferença fundamental: até quem não tiver “sentido no bolso” estará reclamando quando isso acontecer.

O aprendizado disso tudo

O mundo discute protocolos de segurança enquanto por aqui discutimos quem seria o culpado de tudo. É como ver uma casa pegando fogo e, em vez de ligar para os bombeiros, começar a brigarmos uns com os outros sobre quem esqueceu de chamar o eletricista para verificar aquele fio desencapado que estava fazendo um barulho esquisito.

Temos chances não desprezíveis de sermos um dos últimos países a sair dessa situação toda. Optamos por deixar a política como assunto principal mesmo quando o foco deveria ser lidar mais adequadamente com este período de travessia ou mesmo sobre como sairemos dessa situação com segurança mais adiante.

Novamente: no curto prazo, enquanto ainda há uma forte ilusão de que “logo tudo volta ao normal”, a ideia de procurar culpados em vez de soluções para os problemas serve como uma luva; o mesmo provavelmente não poderá ser dito quando o dinheiro acabar – tanto em termos de arrecadação do governo quanto do caixa das empresas para segurar esse período – e “de repente descobrimos” que perdemos tempo com qualquer coisa menos o que deveríamos ter perdido.

Ou, como diz aquela clássica frase de Abraham Lincoln:
“Você pode enganar algumas pessoas o tempo todo ou todas as pessoas durante algum tempo, mas você não pode enganar todas as pessoas o tempo todo.” 

Até quando irá a ilusão em que vive a política brasileira, de achar que pode enganar a todos o tempo todo?

Qualquer que seja o calendário em que essa viva, não é difícil imaginar que em poucos meses tenhamos a dura resposta dessa pergunta.

 

Publicado no Blog da Guide Investimentos em 25/05/2020

DE BOAS INTENÇÕES… JÁ SABE NÉ no TerraçoCast #171

Nesta edição, Caio Augusto acompanha Rachel de Sá e Renata Velloso sobre os seguintes assuntos:

– Rachel, no início de maio tivemos a aprovação do Open Banking. O que é isso?

– Renata, atualize nossos queridos ouvintes a respeito das novidades sobre o coronavírus (o já consagrado CoronaNews);

– Rachel, alguns PLs estão discutindo ótimas intenções a respeito dos juros no país e, como sabemos, de boas intenções o inferno está cheio. Que PLs são esses e o que eles significam?

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Coronacrise: até onde irá?

Antes mesmo de seguir a leitura deste artigo saiba que essa resposta não está disponível a ninguém completamente. Mas com essa leitura você terá um direcionamento maior do que realmente precisa observar para saber como sairemos dessa.

A pergunta de bilhões de dólares que dá título a este texto tem como maior dificuldade de ser respondida o fato de que, diferentemente de outras crises econômicas, essa tem como origem um fator bastante diverso de ser analisado, que é o da saúde. Para piorar, trata-se de um aspecto de saúde e que ainda não é completamente analisado. Se alguma outra doença que já fosse conhecida estivesse se espalhando agora, já teríamos com maior certeza um tratamento e talvez até uma imunização. Por enquanto, tudo que temos são testes. Alguns mais otimistas que outros, mas todos testes.

O primeiro e mais importante fator que deve ser observado para termos uma ideia de até onde será necessário manter as atuais medidas de restrição (que impactam diretamente na economia) é o acompanhar da evolução da curva de contaminação. Em cada país ela tem ocorrido de maneira diferente, mas o que se tem de mais conhecido até então é o fato de que essa doença se espalha em centros concentrados. Começou em Wuhan, na China; na Itália, concentrou-se na Lombardia (ao norte); na Espanha, as regiões de Madri e da Catalunha são as mais afetadas; nos Estados Unidos, Nova York o maior centro até então; no Brasil, a concentração maior está em São Paulo, mas Rio de Janeiro e Brasília também concentram muitos casos.

A verificação da curva de contaminação é essencial para ter um conhecimento mais palpável de quando as atividades poderão retomar à “normalidade”. Isso porque, em termos práticos, embora seja uma doença com uma mortalidade não tão elevada (em dados agregados do mundo todo em número de casos e mortos, se aproxima atualmente de 5%), ela se espalha com bastante velocidade. E é esse o ponto chave: por mais que uma boa parte das pessoas acabe não tendo sequer sintomas do vírus, caso as atividades ocorram normalmente a circulação de pessoas não se altere, quem não tem reação alguma ao vírus provavelmente o leva para quem terá complicações severas e poderá até falecer.

Acompanhar o evoluir da doença em termos geográficos é, assim, o primeiro ponto.

O segundo ponto a ser observado é a efetividade de meios de tratamento ou mesmo a viabilização de uma cura (através de uma vacina). Novamente, friso: até o momento em que este artigo é escrito muitos testes já foram realizados mas a eficácia definitiva ainda não foi alcançada; o que está no alvo até então é a hidroxicloroquina, que tem apresentado sinais cada vez mais notáveis de que seja eficaz no tratamento (e, desde o início de abril, entrou no protocolo oficial de tratamento de doentes a partir da internação, de acordo com o Ministério da Saúde). Quanto a vacina, no melhor dos cenários, devemos ver algo viável (que além de resolver a questão do coronavírus não cause efeito adverso indesejável) apenas ao início de 2021.

O leitor talvez estranhou ler sobre uma doença em uma coluna de economia. Não estranhe: de fato é uma questão de saúde que está sendo mais relevante para a economia agora. Espero não ter estranhado o termo normalidade entre aspas no quarto parágrafo – porque não é desprezível que, quando tudo isso passar, o que conhecemos por normalidade seja bastante diferente.

 

Publicado na edição de Maio de 2020 da Revista da ACIF Franca (página 54)

Governabilidade importa – vamos ver até quando

Se gritar pega centrão, não fica um meu irmão.” (General Heleno)O realismo mágico que vive o Brasil ganhou um novo capítulo recentemente. Não, não estamos falando das estrondosas saídas do Ministro da Justiça e Segurança Pública Sérgio Moro e do Ministro da Saúde Nelson Teich (menos de um mês após sua entrada para substituir Luiz Henrique Mandetta), nem mesmo do presidente indo à manifestações que exaltam a si mesmo e minimizam medidas de segurança contra a pandemia que já ceifou mais de quinze mil vidas em nosso país. Mas sim de algo que, como a citação que inicia este artigo mostra, é difícil de acreditar.

Durante a campanha eleitoral em 2018, dois pontos pareciam pacíficos àquele que se sagrou vencedor após o segundo turno: a ideia seria colocar apenas pessoas que obedecessem a critérios técnicos para ocupar as pastas do executivo que comandariam o país, diferenciando-se de “tudo que havia sido feito até então”, que era basicamente um amontoado de indicações políticas geralmente advindas do… Centrão. Quanto às indicações técnicas, até foram feitas a priori, mas com o tempo temos ao menos desconfianças sobre o quanto têm autonomia. Agora a novidade é abraçar justamente o que se demonizou menos de dois anos atrás.

Independente do que isso signifique em termos políticos, já que essa salada iria longe, vamos aos aspectos pragmáticos que importam sobre essa união um tanto quanto inacreditável para quem realmente acreditava que o que chegou em 2018 o fazia para “mudar isso daí” mesmo.

Governabilidade pelo lado positivo

O desafio imposto às contas públicas brasileiras se agiganta. Antes mesmo de toda a discussão sobre o coronavírus, já entrávamos em 2020 com a praticamente certeza de que teríamos o sétimo ano seguido em déficit primário. Possivelmente abaixo de R$100 bilhões, mas ainda um notável déficit primário. Já o cenário mais recente, apresentado pelo próprio Secretário do Tesouro Mansueto Almeida, é de que podemos chegar a R$1 trilhão, tudo isso apenas este ano. De longe, o maior déficit primário nominal da história do país.

Dado este enorme desafio, o que não pode desafinar de jeito nenhum no pós pandemia é o retomar de discussão sobre as reformas, essencialmente aquelas que impactam mais sobre o lado fiscal. A reforma administrativa, que trata da estrutura do Estado e envolve muito de seu custear, e a reforma tributária, que trata do aspecto arrecadatório e também do que tange a dificuldade que os negócios têm em pagar seus tributos, ganham ainda mais importância em um cenário de retomada econômica.

É importante lembrar que antes mesmo da atual crise que se abate sobre o país ainda não tínhamos superado a anterior, de 2015-2016. A recuperação mais lenta da história, que não chegou a se completar, agora virou passado. Se o maior PIB da história (2014) parecia inalcançável antes de 2022/2023, agora sabe-se lá quando é que iremos alcançá-lo. Em função disso, toda e qualquer mudança que possa facilitar o ritmo da retomada econômica importa bastante.

Neste sentido, a governabilidade é um alento, pois é justamente através dela que podemos imaginar uma possibilidade maior de aprovação de reformas que consigam pavimentar uma retomada econômica mais sustentável. Imaginemos por exemplo um cenário como o da aprovação da reforma previdenciária: mesmo sem o tal condenável “toma lá dá cá” pudemos observar uma larga votação favorável nas casas legislativas. Não se pode desprezar o poder que o pragmatismo de uma união entre o governo e o centrão possa ter neste aspecto.

Porém, tudo depende de…

Como nem tudo são flores – na verdade, ultimamente, quase nada o são -, é importante lembrar que tudo isso depende de um ajuste fino entre o presidente e seus próprios ímpetos.

Não que seja difícil de explicar para quem lê este artigo, mas o presidente está longe de ser a pessoa menos inconstante do país e, em virtude disso, o “estamos namorando” dito em relação ao presidente da Câmara Rodrigo Maia e a distribuição de cargos que tem ocorrido ultimamente podem, ao menor sinal de novo surto presidencial, virarem fumaça. Lembrem-se que apenas nessa história de “meus ministros têm carta branca” já tivemos três saídas relevantes nas últimas semanas.

O jogo político a ser jogado depende muito de Bolsonaro

Em uma situação sui generis, o presidente pode, tal qual no início de seu mandato, depender apenas de sua própria boa vontade em colaborar para que os planos não só de permanecer na presidência como também de passar reformas se concretizem.

Três aspectos são relevantes para explicar como isso pode de fato acontecer. O primeiro é o apoio popular: apesar de ver sua rejeição subir, a aprovação ainda é de 30%, nível este que, de longe, não sinaliza às casas legislativas que exista possibilidade palpável de impeachment. Em segundo lugar, a oposição atualmente utiliza a estratégia “vamos esperar desidratar”, esperando que o presidente siga errando, além do fato de talvez não querer assumir um abacaxi enorme como esse que Bolsonaro tem nas mãos. E, em terceiro, o adicional mais recente: agora conta-se com o antes demonizado e agora agraciado centrão.

No fim das contas, a tal da governabilidade está de volta. Resta saber se é pra ficar ou, se como há um mês, terá acabado o “espaço para negociação”. Acompanhemos as cenas dos próximos capítulos.

 

Publicado no Blog da Guide Investimentos em 18/05/2020

Comunicação e liderança política fazem diferença em tempos de crise

Logo ao início deste artigo já queremos colocar um ponto importante: envie este texto a quem você conhece que diz algo como “ninguém está levando a sério o que o presidente do Brasil diz sobre essa pandemia, não precisa se preocupar”.

Crises têm começo, meio e fim

Por mais difícil que pareça acreditar quando se está em meio a uma crise, sim, crises têm começo, meio e fim. Usaremos como exemplo para o artigo a crise que estamos enfrentando no momento, o Covid-19.

Doença cujo descobrimento se deu na Ásia no último trimestre de 2019, com epicentro na região chinesa de Wuhan, teve seu primeiro caso confirmado no Brasil em 26 de fevereiro de 2020 – uma quarta-feira de cinzas, ironicamente.

Não era segredo algum que um dia o vírus chegaria aqui no Brasil. Tivemos um certo tempo de observação das reações internacionais (ao menos na China, na Itália e na Espanha com grandes e danosos efeitos) e, consequentemente, para nos prepararmos. É importante questionar: quando o Brasil começou a se preparar para a chegada do vírus?

Poderíamos ter nos preparado em termos de conscientização da doença e também da capacidade técnica necessária para lidar com ela. Não se trata de problema fácil de lidar, mas preparação da população com uma comunicação mais unívoca faria enorme diferença. Porém, o que vimos foram discursos desencontrados de que, dentre outras coisas, precisaríamos entender como o vírus se comportaria num país tropical já que o caso começou em países com temperaturas mais frias. Todo tipo de subterfúgio foi utilizado para não ser necessário admitir que teríamos, de uma forma ou de outra, de lidar com essa pandemia.

Ah, mas a economia…

Importante ressaltar que mesmo antes do Covid-19 nossos indicadores econômicos estavam bem ruins – seja na parte do crescimento, que patinava, ou mesmo no aspecto do endividamento público, após seis anos seguidos de déficit primário e já deixando claro que 2020 seria o sétimo ano. Contrariando a “decolagem” que alguns supunham na equipe econômica entramos nessa crise como um país quebrado e endividado. Ao contrário da Alemanha que possuía superávit fiscal e dos Estados Unidos que tinham desemprego ao redor de 4%.

Entramos em situação ruim na crise, com ela ficaremos em dificuldades ainda maiores. A situação poderia ser bem diferente caso tivéssemos, no pós-previdência (terceiro trimestre de 2019), já encaminhado outras reformas de impacto fiscal e econômico em geral, como a administrativa e a tributária – reformas essas que, agora, ganham ainda mais destaque dada a situação do endividamento que se deteriora em virtude dos desembolsos necessários para a lida com a pandemia. Com a corda orçamentária cada vez mais esticada e frágil, as justificativas para não entrarmos em um ritmo acelerado de reformas após este momento extraordinário são cada vez mais insustentáveis.

Outro ponto que muito provavelmente não será relegado ao último plano após toda essa catastrófica gestão de crise é a capacidade de gerir políticas públicas mais eficazes e, em tempos de crise, ter lideranças políticas que saibam efetivamente promover uma comunicação que faça a diferença.

Tenha você, leitor, em mente, que a partir do momento em que essa pandemia se fez presente a economia ao redor do globo já entrou em fortes dificuldades – segundo o FMI, a maior crise desde 1929.

Em um momento difícil como esse para o planeta inteiro, a decisão não a cargo de termos uma crise econômica ou uma na saúde, mas sim de, dado que a crise econômica seria inevitável, quais os caminhos para que isso não acompanhasse também um colapso na saúde? Por aqui, “sem querer querendo”, parece que optamos por ter as duas coisas.

Liderança impacta!

Em toda crise, o líder e sua capacidade de liderar é primordial. E o que é liderar? É ser o exemplo, transmitir segurança e, principalmente, ter uma excelente comunicação com a sociedade.

Vale ressaltar que espera-se do líder preparação para ser julgado independente do resultado ou da eficácia das decisões, ou seja, o líder deve caminhar contra ventos e correntezas. É fundamental que o líder transmita confiança e segurança para seus liderados. Podemos citar como exemplo Churchil no pós Segunda Guerra Mundial quando, diante de toda a expectativa de que findo o conflito as dificuldades teriam desaparecido, ele lembrou que, na realidade, ainda havia muito por se fazer. Certamente isso é bem diferente de amenizar os problemas – ou mesmo, como tivemos em uma campanha presidencial de 2014, fazer troça de quem os coloca na mesa.

Aqui no Brasil, nesse momento, estamos vivendo um apagão de lideranças. A sociedade está perdida e procura se segurar em algo que lhe dê confiança. Mas o que vemos? Discursos desencontrados, piadas e brigas políticas. A única coisa que não vemos é um líder que luta pela sua nação e principalmente por vidas. É um desencontro de opiniões e comunicação.

O maior sinal dessa liderança desencontrada é o fato de que embora o assunto principal seja a pandemia, tudo que vemos por aqui são demonstrações diretas de tentar dar nome aos avanços – em vez de focar nos avanços em si.

A frase “não importa a cor do gato, contanto que apanhe o rato” nunca se fez tão ausente em nosso país quanto agora. Aparentemente, por aqui vale discutir muito mais a tonalidade do gato do que se efetivamente o rato foi pego.

Se há um momento em que se espera uma atitude mais altiva de direcionamento do Estado é esse. E se existe um momento mais tosco para demonstrações de poder, também estamos nele.

Comunicação importa!

Não podemos deixar de falar que a crise é um ambiente fértil para boatos, afinal temos uma sociedade sedenta por informações e respostas, e com isso vai acreditar em tudo que lhe é dito.

O grande líder tem o dever de informar a sociedade de forma clara, com a verdade, e principalmente, trazendo esperança e colocando as pessoas como parte da resolução do problema, não do problema em si.

A comunicação deve ser feita com empatia e quem comunica não pode esquecer que cada ouvinte passa por diferentes situações e está com os sentimentos vulneráveis.

Toda decisão tomada deve ser explicada de forma clara, qual o objetivo e resultados esperados, ou corre-se o risco não desprezível de perder em credibilidade.

Nesta crise do coronavírus peguemos um breve exemplo do que é mais eficaz do que o que tivemos por aqui. Na Alemanha, Angela Merkel foi a televisão e disse claramente: “desde a Segunda Guerra Mundial nosso país não enfrenta um desafio que depende tanto de nossa solidariedade coletiva”.

Uma comunicação como essa exime que algumas pessoas sejam irresponsáveis? Não, mas coloca-as como irresponsáveis de maneira mais direta.

Por aqui, nossa “grande estratégia” foi digna dos filmes dos Trapalhões: o presidente não levou a doença a sério e deu a entender que não precisava ser levada, quando governadores começaram a agir reagiu como se “estivessem em campanha política”, houve uma demissão do Ministro da Saúde que discordava dele e desautorizações públicas diversas de seus próprios comandados.

E daí que o presidente fala besteira?

Provavelmente neste momento o leitor se perguntará qual a diferença dos discursos do presidente porque “é claro que sabemos que ele está equivocado”. Pois é, nem tudo é tão límpido assim. Um terço da população acredita que a gestão de crise (se é que ela realmente existe) por parte do presidente é ótimo/boa. Na prática, temos uma quantidade não desprezível de pessoas no país que também acredita que a doença não é algo que demande tanta seriedade assim. E o impacto disso é relevante: por todo o país pessoas pressionam prefeituras e governos estaduais a respeito de uma abertura que precisa ocorrer já que, na prática, “nem é tudo isso aí essa doença”.

Comunicação em crise muda o jogo

Como foi dito anteriormente, tivemos um tempo razoável para começar uma campanha educativa sobre o que estava acontecendo na China, Itália, Espanha, EUA e o que poderia acontecer aqui aqui no Brasil.

Mas já que não tivemos essa capacidade de comunicação educativa pré crise, como deveria ser feito durante a crise?

A principal ação é intensificar campanhas educativas sobre o vírus explicando as consequências mais graves que ele pode ter quando a pessoa é contaminada, o que acarreta para o sistema de saúde e a importância de se proteger. Não há necessariamente um espaço de tempo para que uma mudança cultural seja colocada em prática, mas o máximo de informações possível sobre os cuidados com a doença é o que deveríamos estar vendo o tempo todo. Um exemplo é enviar mensagens de texto simples e educativas.

É essencial manter o bom relacionamento e uma comunicação eficaz com a imprensa. Imprensa vive de furos, então não dê motivos para que dúvidas sejam geradas em relação aos números de saúde, gravidade da crise e conflitos políticos. O que menos precisamos em um momento de crise são suposições.

Não existe gestão de crise sem uma comunicação alinhada e coordenada entre lideranças (como exemplo: federais, estaduais e municipais) para que a população não fique com dúvidas e incertezas em relação às medidas adotadas e, principalmente, qual liderança seguir.

Líderes têm como obrigação comunicar transparência com o cenário atual e previsões para o futuro.

Todas as ações devem ser comunicadas à população com antecedência, clareza, transparência, explicando o porque daquela medida e o resultado esperado. Se a população tem tempo para se programar, as mudanças tendem a ser menos traumáticas.

Caso medidas tomadas sejam revogadas, o líder deve pedir desculpas e explicar onde foi o erro e deixar claro quais serão as novas medidas adotadas para os novos resultados.

Importante perceber se a comunicação está clara e empática para mostrar que a sociedade também é responsável pelo avanço da crise.

A comunicação precisa ser transparente em como será uma futura realidade, as pessoas precisam sentirem-se seguras com o futuro para ter incentivos e agir no presente.

Infelizmente podemos citar inúmeros exemplos de lideranças políticas que têm desempenhado um importante papel e se comunicado de maneira eficaz com a sociedade e são eles: Boris Johnson (Reino Unido), Angela Merkel (Alemanha), Andrew Cuomo (NY), José Luis Martínez (Madrid), entre outros.

O Brasil está dando aulas em ruídos de comunicação e do que não fazer em termos de gestão de crise. É importante notar que artigos como este que você está lendo servem para que, no futuro, não se possa apontar que “não se sabem as causas do caos na lida com uma pandemia como a do coronavírus no Brasil” e, além do mais, também servem para suscitar uma discussão mais séria sobre como a comunicação política mais eficaz faz diferença quando do Estado se esperam ações efetivas de direcionamento.

Caio Augusto

Editor do Terraço Econômico.

Nara Borges

Mestranda em comunicação na contemporaneidade pela Cásper Líbero e chefe de gabinete do Dep. Estadual Daniel José.

 

Publicado no Terraço Econômico em 18/05/2020

CADÊ O TAL VÍDEO BOMBÁSTICO? no TerraçoCast #170

Nesta edição, Caio Augusto acompanha Victor Candido, Renata Velloso e Rachel de Sá sobre os seguintes assuntos:

– Victor, o que a última ata do COPOM indica sobre os rumos da Selic?

– Renata, atualize para nossos queridos ouvintes as novidades sobre o coronavírus (o já consagrado CoronaNews);

– Rachel, e a novela política brasileira? O que tivemos de novo nessa semana?

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