Fome de poder: você tem fome de quê?

Seguindo a linha de indicações das sextas-feiras nesta coluna, hoje vamos falar sobre o filme Fome de Poder, que conta a história de como o McDonald’s virou a mundialmente conhecida franquia dos alimentos (e dos imóveis) que conhecemos hoje.

Ray Kroc, um esforçado vendedor de máquinas de milk-shake estava em sua rotina suada de convencimento para vender uma ou outra unidade quando recebe um chamado pedindo uma quantidade razoável de máquinas. Dada a dificuldade de vender uma, ele decidiu ir conferir se não era uma pegadinha. Conhece assim os irmãos McDonald, Dick e Mac.

Logo ao chegar, a surpresa: diferentemente de todas as lanchonetes daquela época, ali não parecia haver uma espera enorme entre o pedido e a chegada da comida e, para deixar tudo ainda mais surpreendente, havia uma grande fila. Em outras palavras: um baita sucesso que valia a pena ser observado mais de perto. Encontrando Mac, ouve dele “quer conhecer como a gente faz isso?”. Kroc não hesita e vai. Gosta tanto do que vê que chama os irmãos para jantar para saber mais sobre a história do negócio.

Para não dar spoiler e evitar que você fique desmotivado de assistir ao filme, falaremos não da história corrida em si, mas de algumas das lições que ele traz.

Trabalhe por processos e revolucione

É sabido que nem toda atividade dentro de um negócio pode ser padronizada, mas, ainda assim, pensar tudo como se fossem processos diferentes otimiza tudo. O grande diferencial do McDonald’s (e que, após ele, outras redes emularam) foi justamente esse: transformar o meio comum de servir comida em algo padronizado, com um caminho estabelecido e que deve ser seguido.

Pense em todas as atividades que você desempenha. Dificilmente 100% delas sejam novas todos os dias. No que você puder, coloque processos e veja como a eficiência geral aumenta.

Foque no que você é bom…

Logo ao início do filme os irmãos McDonalds contam que de um cardápio complexo com quase trinta itens notaram que 87% da receita vinha basicamente de hambúrgueres, milk-shakes, batata frita e refrigerante.

Já parou para pensar em quantas atividades diferentes você desempenha na vida que estariam só nos 13% de rendimentos enquanto algumas poucas em que há um real destaque pegam a fatia majoritária?

… mas sempre diversifique

A priori você pode pensar que o negócio do McDonald’s é a alimentação. Mas você está enganado, na verdade são os imóveis: hoje a empresa é uma das maiores detentoras de propriedades imobiliárias do mundo, porque compra as terras e faz contratos com os franqueados de modo com que eles apenas possam negociar com a própria rede.

Isso não significa que você deve forçar seus clientes a negociarem apenas com seu negócio – até porque, considerando a velocidade dos mercados, é praticamente impossível que você o faça com eficiência hoje -, mas sim que, dentro do seu campo de atividade, muito provavelmente existem oportunidades negligenciadas que poderiam ser tão rentáveis quanto o que você considera ser o campo principal hoje.

É importante alinhar as expectativas para gerar valor

A maior validação de um negócio ou processo é a realidade. Não adianta nada ter a melhor ideia do mundo se ela não tiver atratividade do mercado consumidor. Boas ideias demoram um pouco de tempo para serem aceitas, então trabalhe mais no alinhamento da visão de quem serão seus usuários do que em imaginar que eles não são inteligentes o suficiente.

Há uma parte no filme em que os irmãos McDonald, quando contando que o sistema deles dependia das pessoas irem até o balcão fazerem seus pedidos e levarem a comida embora (e não o tradicional “nossas garçonetes vão até você tirar o pedido”), disseram-se inicialmente decepcionados com a reação das pessoas diante disso. Provavelmente em algum momento do seu negócio você já passou por esse desacreditar: saiba que o melhor a se fazer é colocar quem vai usar a ideia pra ter a mesma visão sua (e tenha a humildade de reconhecer se isso não funcionar).

Delimite bem seu negócio e saiba dizer não

Nem todo negócio quer ser o maior do mundo no que faz. Nem todo negócio almeja fazer uma enorme fortuna. Ou, mais recentemente, com uma ida grande de empresas para a bolsa brasileira, é bom lembrar também que nem toda companhia quer abrir seu capital – algumas vão muito bem, são rentáveis e não querem ter mais sócios.

Negócio maduro é aquele que tem uma razoável orientação do que quer fazer e de onde pretende chegar – e, perdoem-nos o trocadilho, é aquele que sabe do que é que realmente tem fome.

Durante o filme observamos o sonho local de dois irmãos se tornar um espalhar nacional (e em seguida global) de um ambicioso empresário que trabalha na expansão. Não há problema algum de estar do lado de um ou de outro. O problema é não delimitar o que se quer fazer com seu próprio negócio antes que grandes mudanças aconteçam e seja tarde demais para dizer “não era bem isso que queríamos”.

Ah, e mesmo que pareça redundante, nunca se esqueça da importância dos contratos. Os formais, aqueles em que juridicamente você pode se apoiar. Conselho de gestão: contratos que não tem porta de saída são como verdadeiras arapucas.

Saiba com quem você faz negócios

A condição sine qua non de fazer qualquer negócio que envolva trabalhar em parceria é saber exatamente com quem você está lidando. Pode parecer uma frase forte, mas, sociedades empresariais têm mais laços que casamentos. Em um casamento, caso não dê certo, você se divorcia, define a guarda dos filhos e separa os bens. Em sociedades existem contratos, pessoas que daquilo tudo dependem, partes interessadas, metas a serem alcançadas.

A assimetria de informação sempre irá acontecer, devemos lidar com isso. Mas em toda negociação que envolva adquirir, expandir ou vender parte de seu negócio, saiba o máximo possível de quem estará contigo nessa. Ou, como costumam dizer os americanos, always know who you’re in bed with.

O filme deixa o espectador dividido entre ser Ray Kroc um gênio dos negócios ou um aproveitador. Deixemos essa avaliação a você após assistir essa verdadeira aula sobre negócios em franquias!

Publicado no Blog da Guide Investimentos em 23/10/2020

MAIA AVISOU: CALAMIDADE SÓ ATÉ 31/12 no TerraçoCast #207

Nesta edição, Caio Augusto recebe Victor Candido, Renata Velloso e Rachel de Sá sobre os seguintes assuntos:

– Victor, Rodrigo Maia disse que não levará o estado de calamidade até 2021; explica pros nossos ouvintes o que isso significa!

– Renata, apresente o Boletim Internacional desta semana!

– Rachel, em O Brasil e O Fiscal de hoje: parte importante da nossa dívida pública vence no primeiro quadrimestre de 2021, e agora?

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GRUPO DE MERCADO FINANCEIRO (UNICAMP) no TerraçoCast #206

Neste episódio especial, Caio Augusto recebe Pedro Sousa e Paulo, do Grupo de Mercado Financeiro, entidade estudantil da Unicamp focada ao público que quer ter maior contato e conhecimento sobre o mercado financeiro, sobre os seguintes assuntos:

– Paulo, conta pros nossos ouvintes um pouco da história do GMF Unicamp e como ele se posiciona hoje;

– Pedro, qual o diferencial da entidade para os estudantes que decidem fazer parte dela?

– Paulo, quais são os projetos da entidade que atingem a comunidade fora da Unicamp? E qual o impacto desses projetos?

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“A corrupção acabou”?

O ano de 2018 colocou em pauta duas propostas que pareciam ser bastante diferentes entre si. De um lado, algo que parecia querer resgatar o Brasil de tempos anteriores colocando na mesa a memória de governos petistas, reforçando o crescimento ocorrido nos anos 2000 e deixando um pouco de lado os anos 2010. De outro, a ideia era apresentar um novo modelo geral para o país, baseando-se em um conjunto de ideias fortemente amparado pela justiça e pela economia (que teriam dois super ministros) que iriam, nas palavras de quem representava essa mudança, “mudar isso daí” (o que quer que isso significasse). Essas propostas disputaram o segundo turno, sendo que a última venceu.

Estamos em outubro de 2020 e é pelo menos questionável analisar o quanto as coisas realmente mudaram em relação ao oferecido/prometido em 2018.

Aquele que representaria a isenção da justiça e sua retidão em todos os processos, Sergio Moro, saiu do governo no final de abril e a notícia reverberou mundialmente. O motivo apontado por ele teria sido uma mudança que o presidente pretendia fazer no comando da Polícia Federal que, “por um acaso do destino” envolvia alguém com certa proximidade com seus filhos – sendo um “mero detalhe” que um deles é investigado justamente pelo mesmo órgão… Mas, detalhe, e daí?

Mais recentemente, a questão foi de apresentar explicitamente e nas palavras do próprio presidente que agora não há mais necessidade de ter uma Lava Jato – e, portanto, ele havia literalmente acabado com ela – porque em teoria não existe mais corrupção no governo. De fato vice-líder no Senado não representa governo stricto sensu, porém, literalmente uma semana após tal declaração “de salvação”, o velho e tradicional dinheiro na cueca foi encontrado justamente com esse articulador do Congresso.

Aumenta-se a capacidade de aprovar reformas, mas…

Uma parte considerável das razões pelas quais Bolsonaro alterou sua ideia em relação a essas cruzadas contra a corrupção tem a ver com uma mudança na base política de apoio. O presidente, que quando eleito imaginava algo como “sou o representante do povo e não preciso de apoio nenhum” (apesar de ter passado quase trinta anos justamente do lado que toca os projetos, o legislativo), mais recentemente parece ter compreendido que precisa estar mais em paz com os outros poderes para conseguir alcançar o que seu governo almeja em torno de reformas econômicas.

Sob essa ótica e visualizando de uma maneira bem fria, de fato aumentam as possibilidades de que reformas econômicas possam ser colocadas na mesa e serem aprovadas.

A grande problemática aqui está em outro aspecto: pelo visto a outra perna de grande mudança, a econômica, parece não ter tantas ideias revolucionárias quanto se imaginava. Três simples aspectos diretamente relacionados a reformas ajudam a compreender isso. No começo de setembro, após mais de um ano de “semana que vem mandamos o projeto”, saiu a reforma administrativa que, em um panorama geral, pega uma questão imediata e apenas joga para o futuro.

Ao final de setembro, colocada na mesa uma parte da reforma tributária – e, sem surpresas, o restante viria na “semana que vem”, que ainda não chegou. E a recente cereja no bolo: questionado sobre soluções para a área tributária e o porquê de ser uma nova CPMF algo tão em voga, Paulo Guedes foi taxativo: “enquanto não vierem com ideia melhor prefiro esse imposto de merda”.

Aparentemente o Posto Ipiranga, com todas as soluções na cartola, descobriu ser menos útil do que o da memorável propaganda.

… não há almoço grátis

Apesar de ter prometido uma literal “voadora no pescoço” de quem se envolver em corrupção em seu governo, há, com essa movimento de “acabamos com a corrupção, então esqueçam isso aí” um certo aceno aos novos amigos conquistados – aquele Centrão que há poucos meses representava tudo de pior na política brasileira parece ter virado algo nem tão ruim assim.

Mais uma vez: de fato todo governo deve sim levar em consideração que não operacionaliza tudo sozinho, ele, no máximo, propõe as mudanças e as articula junto ao Congresso, que tem a missão de discutir e avalizar ou não para que se transforme na letra da lei e ao STF, que pode sempre apontar discordâncias daquele projeto em relação ao texto constitucional. Porém, o modo pelo qual isso vem acontecendo recentemente aponta que, junto dessa governabilidade (lembram-se dessa palavra tão popular até outros dias?) vem uma cegueira em relação a eventuais atos de corrupção.

Não é só pela Lava Jato!

A Operação Lava Jato praticamente se tornou um personagem do Brasil nos últimos anos. Desnudou esquemas que envolviam literalmente bilhões de reais em desvios e deixou visíveis esquemas que ocorriam há um bom tempo no país.

Ela tem seus méritos apesar de todas as críticas que possam ser feitas.

Aparentemente não se pode jamais falar em acabar com uma operação dessas, por se levar em conta que ela ainda não alcançou seu objetivo em “limpar a corrupção do país”. Mas, não se enganem: em primeiro lugar, a corrupção é inerente aos incentivos existentes e ao próprio ser humano (então é ilusório imaginar que ela simplesmente acabe); porém, é justamente por isso que órgãos de controle bem apurados e aparelhados devem estar sempre de olho. Não necessariamente em uma mesma operação “sem hora pra acabar”.

O mundo já tem olhado o Brasil com desconfiança em relação a essa nova trajetória do combate à corrupção. E não podemos nos esquecer que o conjunto de informações que faz com que se pense em nosso país como alternativa de investimento inclui também como funcionam essas regras.

Respondendo ao questionamento que dá título a este artigo: não, a corrupção não acabou, ela sempre estará por aí. Fazemos agora uma nova pergunta: será que está para acabar também o arcabouço que investiga onde ela acontece e a pune?

Publicado no Blog da Guide Investimentos em 19/10/2020

O homem mais rico da Babilônia

“Uma parte de todos os seus ganhos pertence exclusivamente a você”

O que um livro de 1926 pode fazer para melhorar a sua relação com as finanças? Parece estranho, mas uma história escrita 100 anos atrás pode mudar a forma que você pensa sobre dinheiro.

Estamos falando do livro ‘O homem mais rico da Babilônia’, cuja última edição é de 2017. Em uma história envolvente, o autor George Clason escolhe contar seus ensinamentos justamente no local onde existia um mercado próspero e cheio de gente, ainda antes da Era Cristã.

Do mesmo jeito que havia milionários, donos dos mercados e produtos, havia também pessoas humildes e trabalhadoras, que compartilhavam um problema em comum: apesar de ganhar um dinheirinho no final do mês, não conseguiam poupar nada do que ganhavam.

É assim que começa a história…

O homem que desejava ouro

O autor nos apresenta Bansir, um humilde fabricante de carruagens e seu amigo Kobbi, um músico sem muito prestígio. Sem entender muito bem a relação entre seus ganhos mensais e a acumulação de riqueza ao longo do tempo, os dois conseguem um horário para conversar com Arkad, reconhecido por todos da redondeza como o homem mais rico da Babilônia.

Em uma conversa franca com os participantes (em torno de 15 pessoas), além de Kobbi e Bansir, Arkad é muito claro em suas colocações: para qualquer quantia arrecadada com seu trabalho, uma parte (10%) deve ser guardada para a formação de um patrimônio.

Muito mais do que a quantia (que pode ser pequena no início da vida profissional), a ideia é que o hábito é o mais importante. Por diversas vezes, as histórias contadas no livro enfatizam o papel da mudança de mentalidade como fator determinante parauma evolução real no padrão de vida.

Até porque, na saída dessa primeira visita a Arkad, três grupos se formaram: aqueles que sequer entenderam o assunto, outros que não acreditaram nos ensinamentos transmitidos fazendo até chacota com a situação e um terceiro grupo que continuou visitando Arkad e mudou a sua mentalidade e, consequentemente, a sua visão e comportamento sobre o dinheiro e acumulação de patrimônio.

Os 7 ensinamentos para a falta de dinheiro e mais histórias

Em seguida, o autor nos apresenta, detalhadamente, as 7 lições para que nunca falte dinheiro em nossas vidas. São elas:

  1. 1. Comece a fazer seu dinheiro crescer
  2. 2. Controle seus gastos
  3. 3. Multiplique seus rendimentos
  4. 4. Proteja seu tesouro contra a perda
  5. 5. Faça do lar um investimento lucrativo
  6. 6. Assegure uma renda para o futuro
  7. 7. Aumente sua capacidade para ganhar

Cada um desses ensinamentos é tratado em um capítulo à parte. Apesar de parecerem óbvios, muitos não se atentam a dificuldade que é ser disciplinado a ponto de formar um patrimônio ao longo da vida e poder usufruir disso no futuro. Parece fácil, mas na prática, não é.

Por meio de exemplos, o autor consegue dar leveza ao assunto ao discutir as 7 lições. E mais do que isso: há outras histórias em seguida para reforçar a importância da formação de um patrimônio, como é o caso das cinco leis de ouro, contada pelo filho de Arkad.

Nela, Nomasir, teve que provar o seu valor para ser digno de participar do testamento do pai e receber a sua grande herança. Mas seu Arkad não deixou o filho desprovido de recursos: lhe deu um saco com moedas de ouro, e uma tábuade argila gravada com as 5 leis de ouro.


Será que Nomasir conseguiu provar o seu valor?

Uma obra dos anos 1920, mas com conexões mais próximas do que você imagina

Apesar de tais lições serem praticamente atemporais como o leitor já deve ter notado, é interessante observar que elas também se relacionam com expoentes do pensamento sobre uma vida financeira mais confortável dos dias mais recentes. Isso pode ser verificado quando em certos momentos a obra trata sobre a real necessidade das despesas que temos – e como a vaidade pode significar um corroer do que acumulamos pela vida.

Duas dessas ligações que podemos fazer são com Robert Kyiosaki, autor de Pai Rico, Pai Pobre e Warren Buffet, que inclusive tem um documentário sobre sua vida que já abordamos aqui nesta coluna.

Nos dois temos a preocupação com o encontrar de um estilo de vida que supra suas necessidades, não a dos outros. Gastar e investir no que a gente gosta – e não no que aquilo que as pessoas que gostamos gostam – faz uma diferença imensa ao longo dos anos. Ainda, importante lembrar outra indicação que fizemos aqui: os Axiomas de Zurique: também um livro antigo mais como lições extremamente atuais.

Sem mais spoilers e uma reflexão

As finanças têm evoluído em uma velocidade impressionante. Se antes tínhamos apenas algumas opções de investimento, hoje temos uma infinidade de produtos e serviços financeiros disponíveis a apenas um toque.

Mas o que O homem mais rico da Babilônia tenta mostrar é que muitas vezes não importa a quantidade de opções de investimento que temos, mas sim se a nossa mentalidade e ações decorrentes dela estão preparadas para iniciar o processo de enriquecimento via acumulação recorrente de patrimônio.

Embora sutil, esse ‘virada de chave’ é primordial para mudar a nossa relação com o dinheiro e com as finanças pessoais.

Publicado no Blog da Guide Investimentos em 16/10/2020

PACOTE DE ESTÍMULOS NOS EUA, BIDEN X TRUMP E AUTONOMIA DO BANCO CENTRAL – com Caio Augusto

O economista Caio Augusto, do Terraço Econômico, comentou sobre as negociações e avanços do pacote de estímulos, nos Estados Unidos, e como isso pode impactar o mercado financeiro. Também citou as eleições americanas e falou sobre o acordo que o governo tenta com o Senado para votar a autonomia do Banco Central. Tudo que você precisa saber na hora de investir, você encontra aqui, na BM&C News! Siga nas redes sociais: INSTAGRAM: https://www.instagram.com/bmc.news/ TWITTER: https://twitter.com/bmcnewstv LINKEDIN: https://www.linkedin.com/company/bmcn… FACEBOOK: https://www.fb.com/bmcnewstv TELEGRAM: https://t.me/bmcnews

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IMPOSTO SOBRE EMPRESAS DIGITAIS É CPMF? no TerraçoCast #205

Nesta edição, Caio Augusto recebe Rachel de Sá, Renata Velloso e Victor Candido, sobre os seguintes assuntos:

– Rachel, em reportagem recente do The Wall Street Journal levantou-se que o mundo deve ficar US$100 bilhões mais caro* devido a guerra comercial EUA-China e a tributação de serviços digitais. Que tributação é essa?

– Renata, apresente o Boletim Internacional desta semana!

– Victor, conta pros nossos ouvintes sobre o campo de pesquisa econômica que levou o Nobel de Economia 2020.

*Este é o artigo do The Wall Street Journal: https://www.wsj.com/articles/global-companies-are-caught-between-new-taxes-and-a-trade-war-11602523401?mod=lead_feature_below_a_pos1

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Melhor presente de dia das crianças: educação financeira

Neste 12 de outubro tivemos mais um Dia Das Crianças. Caso você nunca tenha pensado sobre, este é mais um dia instituído no Brasil por força de lei – ocorreu em 1924, durante o governo do presidente Arthur Bernardes. Porém, a data se tornou popular no Brasil quando, a partir de 1960, a Johnson&Johnson se associou a marca de brinquedos Estrela para criar uma ação comemorativa nesta semana para dar tração à venda de produtos para crianças na data já existente.

Outra curiosidade que talvez você não saiba é que, apesar de comemorado em mais de 100 países ao redor do mundo, a data não é unificada. Na verdade, lá fora a data mais comum é o dia 20 de novembro, quando, em 1959, a UNICEF publicou a Declaração dos Direitos das Crianças.

Enfim, independente do dia, aproveitamos a ocasião para falar sobre um assunto interessante, uma semente que pode render bons frutos no futuro. O que você deu de dia das crianças para a criança mais próxima (seu filho, sobrinho, afilhado) neste ano? Uma lembrancinha? Um bolo? Uma mensagem? Passou o dia junto? Aqui você vai descobrir que tem uma coisa que você pode ensinar, com o tempo, que vai ser mais perene do que qualquer atitude ou presente dado: educação financeira.

Sementes hoje, árvores amanhã

Tendemos a acreditar que o melhor modo de agradar uma criança neste dia é dando a ela um brinquedo ou algo especial para que ela se lembre da data. Isso pode ser sim verdadeiro, e não estamos aqui tentando te fazer virar o pai/tio/padrinho “mão de vaca” que não dá nada nessa data porque quer “passar uma mensagem”. Mas, sim, que tal adicionar junto a isso um conhecimento que pode mudar a vida daquela criança?

Este conhecimento é a educação financeiraFalar de dinheiro com crianças permite que elas se tornem adultos mais responsáveis com uma das coisas que menos costumam ser. E, no fim das contas, essa irresponsabilidade média se dá geralmente pela ignorância de não terem tido tais sementes plantadas, justamente, quando eram crianças – segundo pesquisa recente, essa é a situação de 79% dos brasileiros.

Como fazer isso? Um meio é inserir o assunto de um modo lúdico, em um jogo. Para citar um exemplo, há o jogo Descobrindo o Valor das Coisas, numa parceria entre o educador financeiro Gustavo Cerbasi e Maurício de Sousa que transformaram um assunto geralmente tão áspero em algo divertido. E, caso você não tenha tido contato com finanças pessoais, pode conferir em artigos aqui deste blog sobre o que é educação financeira e também sobre como passar essa mensagem adiante para crianças.

Importante apontar que educação financeira não é apenas o básico de saber quanto se ganha, mensurar quanto se gasta e ver o que pode ser feito com o que sobra, mas também envolve tópicos mais avançados como não cair em pirâmides financeiras, essas que de tempos em tempos seduzem tantos adultos.

Você ou o governo: alguém pode começar

Você já deve ter ouvido sobre aquela velha diferença entre brasileiros e americanos quando têm filhos: por aqui, quando muito, abre-se uma poupança, enquanto no Tio Sam são compradas algumas ações para quando o filho for para a faculdade. Recentemente inclusive um artigo da renomada revista de finanças Barron’s colocou essa questão de maneira ainda mais direta: o que você dá a uma criança deve estar no nome dela, não só por efeitos fiscais (os impostos sendo pagos por quem detém os ativos) como também pelo aspecto da responsabilidade (a ação é da criança, não sua).

Por aqui, até bem recentemente, o mais sofisticado que se tinha para fazer nesse departamento era comprar títulos do Tesouro Direto. Isso ocorria basicamente em função da nossa taxa de juros historicamente alta que faz com que, ao longo de uma janela ampla de tempo, o CDI supere a renda variável. Este hábito pode estar adormecido em função da Selic baixinha, mas segue sendo salutar.

Tal qual a previdência, geralmente há um questionamento feito sobre quando se deveria iniciar este processo de falar sobre dinheiro e prover um “pé de meia” para a geração que suceder a atual. Pensando justamente nisso, que na economia chamamos de desconto hiperbólico (onde os benefícios são tão distantes que parecem não superar os custos de curto prazo), temos um exemplo do Reino Unido de programa que pensa nisso, os Child Trust Funds: criado em setembro de 2002 envolve um investimento que o governo fazia para incentivar os pais a fazerem o mesmo e cujos resultados só poderiam ser acessados quando as crianças fizessem 18 anos – o que ocorre neste ano e liberará entre 1500 e 70.000 libras por pessoa, a depender do quanto se investiu no período.

Mude o futuro de uma criança hoje

A trajetória de educação financeira para crianças não é trivial e, sim, depende dos pais terem tido um mínimo acesso a isso, para saberem o que estão transmitindo. Mas uma coisa é fato: um presente de dia das crianças que envolva algo tão de longo prazo quanto isso certamente contribuirá muito positivamente para o adulto do amanhã.

Se você já faz isso pela criança mais próxima que tem, nossos parabéns! Se não o faz, que tal começar?

Publicado no Blog da Guide Investimentos em 13/10/2020

COMUNICAÇÃO E A POLÍTICA no TerraçoCast #204

Nesse episódio especial, Caio Augusto recebe Nara Borges, Relações Públicas com mais de 15 anos de experiência em comunicação em marketing, Chefe de Gabinete do Deputado Estadual Daniel José (Partido NOVO – SP) e mestranda em Política e Comunicação Contemporânea pela Cásper Líbero, sobre os seguintes temas:

– Nara, de uma maneira ampla, fale aos nossos ouvintes a respeito da importância da comunicação na política e como isso tem se alterado com a inserção maior das redes sociais em nossas vidas;

– Conte aos nossos ouvintes sobre como a comunicação importa quando estamos falando da democracia, de quão frágil ou robusta é uma democracia quando olhamos por essa ótica;

– Com as eleições municipais se aproximando, o que nossos ouvintes deveriam ficar ligados quando forem escolher os candidatos para votar?

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